terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Estou de volta

Foi uma ano de muita correria, meus estudos ocuparam muito do meu tempo. Não consegui postar as atividades que realizei com os alunos porque esperava receber de volta o portfolio onde há vários trabalhos deles para postar porém não o recebi. Postarei alguns comentários sobre as atividades que desenvolvi. Continuo estudado e agora pretendo manter-me este blog atualizado.



Avançando________________________________
na prática


Escola Municipal Professora Glória Moreira

Relatório de atividade desenvolvida em sala de aula.

Turma: PAV (8º & 9º anos)
Duração: 1 aula
1º momento: fui até a biblioteca e selecionei alguns livros de literatura que traziam a biografia do autor na contracapa ou na orelha.
2º momento: com os livros em sala de aula pedi para alguns alunos lerem as biografias dos autores ou ilustradores dos livros para os colegas.
3º momento: comentei com os alunos as características do texto e pedi que eles identificassem nos textos o tipo de informação que os constituíam.
4º momento: motivei-os a falar de suas próprias vidas e depois sugeri que fizessem as próprias biografias, mas em terceira pessoa.

Obs.: os alunos desta turma, geralmente mostram-se desmotivados e julgam-se incapazes de realizar atividades, desta vez não demonstraram desinteresse e compreenderam a proposta. Entretanto, alguns não conseguiram concluir a atividade em tempo para entregá-la em tempo hábil, levaram para concluir em casa e entregarão na próxima aula.

Os trabalhos desta turma apresentaram um resultado surpreendente, pena que não guardei nenhuma cópia.



sábado, 29 de novembro de 2008

Desmundo - Alain Fresnot

Desmundo - sem mundo, ausência de tudo que estrutura o mundo de uma pessoa.

Nos primeiros tempos do Brasil Colônia o Governo português, pensando apenas em levar da nova terra encontrada para Portugal o máximo de riquezas que pudesse, mandou para cá apenas homens com espírito aventureiro. Esses homens, nem sempre de boa índole, vieram em busca de riquezas não temiam embrenhar nas mata em busca de índios para ecravizar, ouro, pedras preciosas ou mesmo pau-brasil.

Em um ambiente nada hospitaleiro esses homens das mais variadas origens: construíram com foi possível as bases do nosso país. Para acompanhá-los em sua aventura o governo português enviava mocinhas órfãs, que não tinham outra saída a não ser aceitar o marido imposto com destino.

Entre essas mocinhas está Oribela, uma bela jovem que tenta de todas as formas se livrar de seu sofrimento. Muito bela mas por ter se rebelado acaba relegada a uma marido nada gentil. Oribela tenta fugir, mas acaba prisioneira do marido que decide cada vez mais se embrenhar mata a dentro com ela e o filho .

Em uma linguagem que precisei das legendas para enteder o filme mostra com foi formada a nossa língua a nossa cultura e nossa sociedade.

O português arcaico no qual são feitos os diálogos está na base do que falamos hoje, algumas formas ainda permanecem vivas nas variedades rurais de muitas regiões do Brasil.

Raízes do Brasil - Ségio Buarque de Holanda

O momento era pós Revolução de 30, de descrença no liberalismo tradicional, quando os ideais integralistas e socialistas estavam fortemente presentes, e em conseqüente constante divergência.Levado por tais tensões contemporâneas, Sérgio Buarque de Holanda procura, em Raízes do Brasil, não apenas compreendê-las, mas também compreender e explicar o Brasil e o brasileiro, ou seja, o modo de ser ou a estrutura social e política.

Portanto, Raízes de Brasil, além de ser seu primeiro grande livro, é também um caldeirão de idéias, onde aparecem suas preocupações quanto ao futuro do país, e os motivos históricos que impunham entraves para a modernização e democratização da sociedade brasileira.

Raízes do Brasil pode ser dividido em duas partes: a primeira trata do nosso passado colonial; da colonização portuguesa em comparação com a espanhola e do homem cordial. A segunda trata de uma sutil crítica à sociedade política da década de 30 e 40, principalmente uma crítica ao Estado Novo.
A problemática da democracia nesse ensaio passa pela análise, comum na época, da relação entre Estado e sociedade. Essa questão central é dividida em diversas outras como: a tipologia “trabalho” e “aventura”, distinguindo dois tipos de colonização: a portuguesa e a espanhola; a relação entre público e privado, através da análise da família patriarcal; a relação entre democracia e personalismo, democracia e cordialidade e, por fim, entre democracia e liberalismo
Ao fazer uma análise de “nossas raízes”, Holanda identifica a importância que a colonização portuguesa teve para a formação de nossa cultura. É lógico que tais influências não foram as únicas, cabendo ao índio e ao negro papel importantíssimo. A formação de nosso povo foi uma mistura dessas três raças. Só que os portugueses tinham características próprias, que foram responsáveis pela formação cultural e, principalmente, política no Brasil. A intenção de Sérgio Buarque de Holanda, nos primeiros capítulos de Raízes do Brasil, é descrever as características dos povos ibéricos, portugueses e espanhóis, destacando as peculiaridades de cada um.
Daí a confusão entre o público e o privado, e a invasão do Estado pela família, pois com uma sociedade apoiada neste tipo de família, a autoridade do patriarca é observada em todos os seguimentos da sociedade, passando o Estado a ser uma continuação da família: “Dessa forma, assiste-se a uma enorme impossibilidade de publicização das relações políticas e sociais, o que é, sem dúvida, o alimento que embasou a estruturação de uma sociedade que vai elevar o autoritarismo às alturas”. (REZENDE,1996, p.34)

Holanda também acredita que a miscigenação foi um fator positivo que contribuiu para a melhor adaptação do português no Brasil. O que o português vinha buscar, era, sem dúvida, a riqueza, mas riqueza que custa ousadia e não riqueza que custa trabalho. Isso foi mais um motivo para o português não utilizar o trabalho manual, deixando para os escravos esse duro trabalho. Esse desamor pelo trabalho também é justificado pelo ruralismo. Aqui, implantaram-se grandes propriedades rurais com mão-de-obra escrava, assim, não dependiam de trabalho para fazer movimentar o sistema. Todos queriam extrair do solo excessivos benefícios sem grandes sacrifícios. O desamor pelo trabalho, pelo esforço ordenado e sistemático, é fundamental para a compreensão de Raízes do Brasil.

Ainda hoje nossa sociedade valoriza o trabalho intelectual em detrimento do manual, hoje ainda existe a crença de que somente os intelectuais e detentores de diploma acadêmico devem ocupar os postos do poder. Educadores muitas vezes utilizam desse discurso para legitimar seu trabalho “quem não estuda não ascende socialmente”, embora a própria prática prove que muitos conseguem sucesso e prestígio social, mesmo sem estudos ou diplomas.
Cordial, segundo Holanda, é que vem do coração; isso pode ser o amor ou o ódio, o sentimento de perdão ou a vingança, a concórdia ou a discórdia: “A inimizade bem pode ser tão cordial como a amizade, visto que uma ou outra nascem do coração” (p.88). Holanda define, assim, esse conceito: "homem cordial - lhaneza no trato, hospitalidade, generosidade" (p.141).

Em nome dessa cordialidade política temos tantos problemas como nepotismo popi política e vida privada são uma coisa só.

A nossa aristocracia rural e semifeudal, segundo Holanda, incorporou tais ensinamentos para prevalecer seus privilégios e direitos, os mesmos privilégios combatidos pelos burgueses no Velho Mundo. A fermentação liberal que procedeu à proclamação da Independência constitui obra de minorias exaltadas, e sua repercussão foi bem limitada ao povo. Tais minorias:
“Ainda quando se punham a legiferar ou a cuidar de organização e coisas práticas, os nossos homens de idéias eram, em geral, puros homens de palavras e livros; não sabiam de si mesmos, de seus sonhos e imaginações. Tudo assim conspirava para a fabricação de uma realidade artificiosa e livresca, onde nossa vida verdadeira morria asfixiada”. (p.163)

Os políticos e demagogos chamam a atenção freqüentemente para as plataformas, programas, instituições, como as únicas realidades verdadeiramente dignas de respeito. Acreditam que, da sabedoria e da coerência das leis, depende diretamente a perfeição dos povos e dos governos. Pretende-se compassar os acontecimentos segundo sistemas, leis ou regulamentos de virtude provada, em acreditar que a letra morta pode influir por si só e de modo enérgico sobre o destino dos povos. E com temos leis que não saem do papel!

Mas o que ele faz de fato é um diagnóstico das elites contra as quais assenta sua mira. Todas as características relacionadas por Holanda são de nossas elites, que ele julgava responsável pelo nosso atraso político e econômico. Em seguida, ele aponta para a substituição dessas elites, atrasadas, anacrônicas, pelo povo, que será o protagonista da modernidade e da consolidação da democracia, visão esta compartilhada com a corrente modernista.

A intenção de Raízes do Brasil não é dar soluções jurídico-institucionais para nossos problemas, é, antes, encontrar no nosso passado uma forma de comportamento político que propiciou o lamentável mal-entendido de nossa democracia. Esse comportamento político tem origem cultural e histórica, portanto, passível de mudanças. São essas mudanças que ele observa a partir de 1888, mas ainda não plenamente desenvolvidas, daí a crença em uma “revolução vertical” que altere toda a estrutura social.
. Na sua noção de democracia, não há desprezo pelo papel das instituições sociais e, sim, uma relação de complementaridade entre as bases políticas e as bases culturais. A partir de uma mudança no nosso comportamento político é que poderemos falar em uma revolução das instituições sociais e parlamentares, a qual preparará o terreno para a realização de uma democracia plena

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Gêneros e tipos textuais

Amigo inconstante
Parte 1

Ontem, mais uma vez esperei horas e você não veio. Hoje, passei a manhã inteira irritada por causa disso. Aí, você me chega depois do almoço, sem a menor explicação, como se isso fosse normal. Eu cheia de coisas para fazer e você querendo me levar para tomar um café. Está querendo acabar comigo, é isso? Uma amiga me abriu os olhos : nós dois estamos vivwendo uma relação doentia. Eu estou me sujeitado aos seus horários e você está desrespeitando os limites. Não é porque eu vou para a cama com você que deixei de chefiar o órgão onde você exerce sua funçao. Você tem faltado muito e eu estou cansada disso. Quando não falta demora para chegar e vem disperso, agitado, não ajudando em nada. Eu preciso de você tranqüilo, cumprindo seus deveres, todos os dias, igual a todo mundo, ou não posso garantir o bom funcionamento da nossa unidade, ___amigo_______ sinceramente, qualquer probleminha que surge, você some. Tudo serve de desculpa para você não aparecere, uma conta para pagar, uma viagem de negòcios, um caso de doença na família.
Por mais que eu não queira te prejudicar, não possa agüentar um __sono_____ assim, tão inconstante.
[...]
Atenciosamente, Fernanda

Parte 2
A partir desta noite, não quero mais nenhuma ireegularidade sua. Não estou exigindo que você seja perfeito, mas na próxima vez que eu tiver de remediar alguma ausência de sua parte vou tomar medidas extremamente fortes. E não me importam as reações. Desejo uma convivência
leve e sadia entre nós, mas prefiro ter você sempre pesado do que sofrer as conseqüências da atual situação.
Não posso entender por que você mudou tanto. Lembro das agradáveis noites que passdamos juntos - você eventualmente profundo, muitas vezes superficial, mas sempre presente em minha vida.
Mesmo durante o dia você dava um jeito de estar ao meu lado quando eu ficava deprimida, de cuidadr de mim quando eu ficava com febre, de aliviar meu stress quando eu trabalhava demais.
Agora, quase nunca posso contar com você. Você só aparece quando be3m quer e quando eu menos preciso: num cinema, numa festa, num restaurante. Sua presença antes tão gratificante, ultimamente só serve para atrapalhar. Você jamais consegue estar comigo nas horas importantes, tem sempre algo complicado impedindo-o de chegar, mas sei de outras mulheres que dormem com você sem a menor dificuldade. Liguei para uma colega minha, noite dessas, para reclamar de mais uma de suas fugidas, e ela teve o desplante de me dizer que não podia falar comigo porque estava na cama com você. Enfim, estou com olheiras, e é por sua culpa. Mas sei que necessito de seus serviços, então lhe dou este ultimato. Ou você toma jeit e volta a me deixar em paz ou você afunda junto comigo.
Atenciosamente, Fernanda

Primeira parte:
1- Qual é o gênero do texto? Carta
2- Quais os elementos do texto fazem você chegar a essa conclusão? A linguagem do texto é informal, e o encerramento "atenciosamente, Fernanda".
3- Quem escreveu o texto? Alguém que está com dificuldades com o destinatário e queixa-se de sua inconstância.
4- O que a pessoa faz? É uma pessoa muito atarefada, talvez uma executiva.
5- Quais são os elementos do texto que fizeram você chegar a conclusão do que apessoa faz? As preocupações que afastam o destinatário, contas a pagar, viagem de negócios, a linguagem usada, o uso de termos como orgão onde você exerce sua função lembram o mundo empresarial.
6- Para quem é o texto? Para alguém que não está cumprindo bem sua função e está atrapalhando a vida da remetente.
7- O que levou você a descobrir para quem é o texto? O grau de intimidade do texto, e a relação de dependência da remetente onde é impossível separar "vida pessoal de trabalho".
8- Qual a relação entre quem escrevua e o destinatário? Quem escrevu depende muito do destinatário.
9- Como você percebeu isso? Há frases e palavras cobrando a presença do destinatário.
10 - O que você poderia escrever nas lacunas para completar o texto?
Segunda parte:
1- Como ela descreve o destinatário? Antes: pesado, amigo, cuidadoso, agradável, às vezes profundo outras superficial,mas presente; atualmente: inconstate e inconveniente.
2- Quais os seus aspectos positivos e negativos do destinatário? Positivos: amigo, profundo, companheiro; Negativos: inconstate, infiel, inconveniente.
3- Neste texto, temos um personagem narrador , ele é do sexo feminino ou masculino? Feminino
4- O que fez você chegar a essa conclusão? O uso de termos no feminino: outras mulheres, deprimida.
5- O que esta pessoa que narra o texto diz de sua vida em relação às irregularidades de seu destinastário? As irregularidades de seu destinatário têm causado muitos prejuízos e problemas à remetente.
6- Que nome você daria a este texto?

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Reflexão e propostas para Educação em Língua Materna

a) A história mostra problemas da realidade educacional brasileira. Que problemas são esses?
O descaso com a educação, Chico Bento aponta em seu “discurso” os problemas de infra-estrutura que são os mais visíveis, mas há também problemas de adequação do que é ensinado às necessidades dos alunos, a professora não constrói com os alunos um discurso que pudesse representar seus anseios apenas entrega um pronto e não prepara o aluno para a difícil situação que ele terá de enfrentar, já Chico Bento jamais passara por situação semelhante.
b) Em que momento da narrativa evidenciamos esses problemas?
Os problemas de infra-estrutura aparecem em vários momentos; Chico Bento caiu da cadeira que está “bamba”, uma telha cai-lhe na cabeça, em seu discurso ele chama a atenção do prefeito para os problemas da escola.


















c) No texto nota-se a presença de mais de uma variedade de linguagem. Procure identificá-las e destaque do texto as situações e as falas que exemplifiquem suas respostas.
Há a variedade urbana






e a variedade rurbana





d) A linguagem apresentada por Chico Bento ao longo da narrativa pode ser considerada certa ou errada ou adequada aos diferentes momentos de comunicação?
Chico Bento usa a variedades rural e rurbana que são adequadas as suas necessidades cotidianas e ao contexto em que ele vive pois satisfazem suas necessidades de comunicação, mas não consegues dominar a variedade urbana, estranha ao seu universo cultural.
e) Na quarta parte do texto, pode-se dizer que houve adequação da linguagem ao momento de comunicação? Por quê?
Sim, afinal Chico Bento monitorou sua fala e tentou adequar seu discurso ao momento comunicativo, utilizando-se dos recursos que possuía.
f) Chico Bento, pede desculpas pelos”erros de português”, em que parte da história?
Na quarta parte da história Chico Bento pede desculpas pelos erros de português, mas ele considera sua fala errada por o senso comum assim o diz. A fala de Chico como já se disse aqui não é errada, é apenas diferente da variedade considerada padrão, é desprestigiada por ser diferente da variedade utilizada pela elite, ou seja, é desvalorizada em função do preconceito lingüístico que desvaloriza os falares rural e rurbano em detrimento do falar urbano.
g) Chico Bento após o seu discurso improvisado, conseguiu convencer a platéia, e especialmente, o prefeito de seus propósitos?
Sim. Chico foi muito aplaudido. E o prefeito mostrou-se muito comovido com as palavras do menino. E demonstrou interesse em olhar com atenção a situação exposta por ele.
h) Qual a sua opinião a respeito da atitude da professora com Chico Bento no início da narrativa? Ela apresentou uma atitude natural para um professor ou ela mostrou-se autoritária?
Aparentemente a professora convida abertamente todos os alunos mas não dá aos alunos a oportunidade de apresentar suas idéias e até mesmo compor um discurso de acordo com os interesses dos mesmos. Então apesar da “simpatia” ela foi autoritária.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Usando dicionário em sala de aula

O dicionário é um instrumento importante para a sala de aula. Serve como instrumento para ampliação do vocabulário do aluno e não deve ser esquecido com recurso de pesquisa seja qual for o conteúdo estudado. A atividade realizada no curso com o dicionário é perfeitamente aplicável à sala de aula. Após avaliar a definição que o dicionário traz para algumas palavras concluímos que nem sempre é suficiente consultá-lo, pois ele não contém uma explicação completa. Então foi proposto que construíssemos novos conceitos para as palavras que recebemos através de sorteio .
Caneta – s.f. Comum objeto de corpo cilíndrico de plástico ou de metal, em cujo interior há um tubo plástico contendo tinta de várias cores, usado para escrever, especialmente o que deve ser registrado de maneira permanente.
Realizei posteriormente essa atividade com meus alunos do sétimo ano. Os alunos concluíram que é preciso ser claro e objetivo para escrever um dicionário, mas também perceberam a importância de sue uso para ampliar seu vocabulário e ficaram muito animados em mostrar suas próprias criações aos colegas.

Carta pessoal

Seqüências tipológicas

Gênero textual: carta pessoal

Descritiva

Injuntiva

Descritiva

Expositiva

Narrativa

Expositiva

Narrativa

Injuntiva

Expositiva

Injuntiva

Expositiva

Narrativa

Injuntiva

Expositiva

Argumentativa

Narrativa

Injuntiva

Descritiva

Rio, 11/08/1991

----------------------------------------------Amiga A.P.

Oi!

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Para ser mais preciso estou no meu quarto, escrevendo na escrivaninha, com um Micro System ligado na minha frente (bem alto, por sinal ).

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Está ligado na Manchete FM - ou rádio dos funks - eu adoro funk, principalmente com passos marcados.

Aqui no Rio é o ritmo do momento... e você, gosta? Gosto também de house e dance music, sou fascinado por discotecas! Sempre vou à K. I,

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ontem mesmo (sexta-feira ) eu fui e cheguei quase quatro horas da madrugada.

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Dançar é muito bom, principalmente em uma discoteca legal. Aqui no condomínio onde moro têm muitos jovens, somos todos muito amigos e sempre vamos todos juntos. É muito maneiro!

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C. foi três vezes à K. I.,

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pergunte só a ele como é!

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Está tocando agora o “Melô da Mina Sensual”, super demais!

Aqui ouço também a Transamérica e RPC FM.

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E você, quais rádios curte?

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Demorei um tempão pra responder, espero sinceramente que você não esteja chateada comigo. Eu me amarrei de verdade em vocês aí, do Recife, principalmente a galera da ET, vocês são muito maneiros! Meu maior sonho é viajar, ficar um tempo por aí, conhecer legal vocês todos, sairmos juntos...Só que não sei ao certo se vou realmente no início de 1992. Mas pode ser que dê, quem sabe! /............../

Não sei ao certo se vou ou não, mas fique certa que farei de tudo para conhecer vocês o mais rápido possível. Posso te dizer uma coisa? Adoro muito vocês!

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Agora, a minha rotina: às segundas, quartas e sextas-feiras trabalho de 8:00 às 17:00h, em Botafogo . De lá vou para o T., minha aula vai de 18;30 às 10:40h. Chego aqui em casa quinze para meia-noite. E às terças e quintas fico 050 em F. só de 8:00 às 12:30h. Vou para o T.; às 13:30 começa o meu curso de Francês ( vou me formar ano que vem ) e vai até 15:30h. 16:00h vou dar aula e fico até 17:30h. 17:40h às 18:30h faço natação ( no T. também ) e até 22:40h tenho aula. /................../ Ontem eu e Simone fizemos três meses de namoro;

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você sabia que eu estava namorando?

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Ela mora aqui mesmo no ((ilegível)) (nome do condomínio). A gente se gosta muito, às vezes eu acho que nunca vamos terminar, depois eu acho que o namoro não vai durar muito, entende?

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O problema é que ela é muito ciumenta, principalmente porque eu já fui afim da B., que mora aqui também. Nem posso falar com a garota que S. já fica com raiva.

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É acho que vou terminando

escreva!

Faz um favor? Diga pra M., A. P. e C. que esperem, não demoro a escrever

Adoro vocês!

Um beijão!

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Do amigo

P. P.

15:16h

Não foi nada fácil entender a difernça entre gênero e tipo de texto, afinal nunca havia pensado que um mesmo gênero comportasse tantos tipos diferentes de textos. Agora faz todo o sentido, novamente as leituras interferindo na compreensão de novos textos.